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Indicados pelo governo para o Banco Central passam por sabatina no Senado
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Foto: BBC / Reprodução -
Nesta terça-feira, os dois primeiros indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o Banco Central passarão pelo escrutínio do Senado. Gabriel Galípolo, ex-Secretário Executivo do Tesouro, foi indicado para o cargo de Diretor de Política Monetária, enquanto Ailton Aquino dos Santos, servidor de carreira do Banco Central, deve assumir o cargo de Diretor de Supervisão.
Depois de avaliados pelos senadores na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), os dois nomes serão encaminhados para votação no plenário. O governo espera a aprovação de ambos os indicados, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já indicando seu apoio aos dois nomes.
Galípolo foi indicado para substituir o ex-diretor Bruno Serra Fernandes, enquanto Ailton Aquino assumirá o cargo de Paulo Sérgio Neves de Souza como Diretor de Supervisão do Banco Central.
O Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a taxa de juros da economia a cada 45 dias, é composto por oito diretores e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Assim, os indicados escolhidos pelo governo Lula devem participar da próxima decisão, marcada para o dia 2 de agosto, momento em que já se insinua um possível corte na taxa Selic. Adicionalmente, ao assumir o cargo de Diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo terá importante papel na condução do debate técnico sobre a taxa Selic. No entanto, cada membro do Comitê tem autonomia no processo de votação, que tem seguido uma trajetória de unanimidade nas decisões recentes sobre os rumos da taxa Selic. A última divergência de votação ocorreu em setembro de 2022, quando os diretores Fernanda Guardado (Assuntos Internacionais) e Renato Gomes (Sistema Financeiro) votaram pelo aumento de 0,25 ponto percentual, enquanto a maioria decidiu manter a taxa em 13,75% à época. Mais recentemente, o Copom também se dividiu quanto à indicação de um possível corte de juros em agosto.
Autonomia Durante o governo Bolsonaro, foi aprovada a autonomia da autoridade monetária, estabelecendo mandatos fixos de quatro anos para os diretores e o presidente, com possibilidade de recondução. Isso impediu Lula de substituir o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Presidente e diretores do Banco Central:
- Roberto Campos Neto - Presidente do Banco Central, com mandato até dezembro de 2024.
- Paulo Sérgio Neves de Souza - Diretor de Fiscalização, com mandato que expirou em fevereiro de 2023 e foi prorrogado até nova designação.
- Fernanda Magalhães Rumenos Guardado - Diretora de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, com mandato até dezembro de 2023.
- Maurício Costa de Moura - Diretor de Relacionamento, Cidadania e Fiscalização de Conduta, com mandato até dezembro de 2023.
- Carolina de Assis Barros - Diretora de Administração, com mandato até dezembro de 2024.
- Otávio Ribeiro Damaso - Diretor de Regulação, com mandato até dezembro de 2024.
- Diogo Abry Guillén - Diretor de Política Econômica e exercendo também o cargo de Diretor de Política Monetária até nova nomeação, com mandato até dezembro de 2025.
- Renato Dias de Brito Gomes - Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, com mandato até dezembro de 2025.
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